sexta-feira, 14 de março de 2014

Abrindo o celeiro

Ola amigos! Como prometido eu começarei hoje as mudanças em nosso blog, e resolvi abrir o meu "celeiro " de fotos e historias pra o deleite de todos.
E hoje começaremos com o pé direito, falando de um modelo que rasgou as ruas e pistas do nosso país, mas principalmente sobre seus modelos de competição.
                                                         >>>FORD MAVERICK<<<<<
Para resumir a historia deste lindo modelo, a Maverick foi a entrada triunfal da Ford nos segmentos de carros grandes, sendo concorrente do Opala 6cc, sendo um segmento da Maverick americana que saiu de produção por volta de 1974, e da Mercury Comet que usava mesma carroceria.
Os modelos eram o Super Luxo para a família com 4 portas, todos os itens de luxo e motorização inicial de 4cc,  Super que era o "pé duro " da familia Maverick, o mais simples de todos, LDO vindo em 1977 para substituição do modelo Super Luxo, seguindo a mesma distinção dos outros modelos LDO's da Ford, e a estrela da família a GT,  com motor V8 canadense de 302 polegadas cubicas.
Com uma produção mundial de media de 10 anos, tendo vendido so no Brasil mais de 100 mil unidades, em 1979 a Maverick tem seu fim de produção mundial, em seu ultimo país, o Brasil, para dar lugar aqui ao Corcel II.
 Porem a Maverick teve seu lugar eternizado nas pistas. 
Nos anos 70 o automobilismo brasileiro fervia com a consagrada Divisão 3, em que contava com carros envenenados, Opalas que iam a 200 km/h, Brasilias e Fuscas voadores, Dodges assutadores, e Mavericks que reinavam absolutas. Duas delas foram a da Equipe Hollywood Berta, e da Equipe Mercantil - Finasa - Motorcraft.
Em 1976 Bob Sharp testa esta ultima e relata o que presenciou, com extrema surpresa :


                      "....A linha é cruzada em quarta a 5.900 rpm, 225 km/h. Chega a Curva Um, uns 100 giros mais, quase 230 km/h. Uma levantada de pé é suficiente. A curva é iniciada e é dada potência, mas não toda. O conta-giros mostra 5.400 rpm no início, 205 km/h. No terço final, todo acelerador. A Curva Dois requer atenção maior, pois é mais fechada que a Um. Como o carro perdeu um pouco de velocidade na Um, a Dois pode ser atacada de pé em baixo. É uma curva importante por anteceder a reta  principal de 850 metros, que é iniciada a algo menos que 6.000 rpm, cerca de 220 km/h.

No retão, que é em ligeira descida, o Maverick atinge velocidade máxima, 240 km/h, conta-giros a quase 6.300 rpm.. Na placa de 200 metros, freio e redução para terceira para entrar na Curva Três, que tem grande superelevação, mas praticamente não é usada. É mais rápido usar raio máximo e meio acelerador. A Curva Três e a seguinte, a Quatro, são uma curva só, o volante não muda de posição. Ao longo das duas o conta-giros indica 5.000 rpm em terceira, 155 km/h. No terço final da Quatro, todo acelerador e entra-se na reta da Ferradura, ainda em terceira, e antes da pequena quebrada para a direita, quarta. O giro cai para 5.000 rpm, motor cheio e o carro continua a acelerar em direção à Curva da Ferradura..."



Em 1979, com o fervor dos pilotos e organizadores do automobilismo brasileiro, os Mavericks perderam lugara para os Opalas da stock car, porem seu brilho é eterno, e sempre este bólido sera lembrado e amado.