No fim dos anos 50 começo dos anos 60, o Brasil estava passando por uma revlução industrial, e começando a grande fase de criatividade em automobilismo, que se estenderia ate meados dos anos 80.
Sabemos que a Vemag e a VW estrearam a fabricação de automoveis no Brasil, mas até então não havia um esportivo fabricado aqui no país. Coube a Willys - Overland do Brasil se responsabilizar por isso.
Na França havia um modelo chamado Alpine A108, de linhas harmoniosas e arredondadas, que erá praticamente desconhecidos dos Brasileiros. A Willys visando o mercado do país em uma area que não havia ainda ( de esportivos ), comprou os projetos da Alpine, e quando Luis Antonio Greco assumiu o filial da Willys em São Paulo no bairro do Brás, o Interlagos tomou vida.
Em alusão ao circuito brasileiro ( o que se dizia que aumentaria a esportividade do modelo ), o Interlagos foi o primeiro modelo brasileiro com carroceria em fibra de vidro estatificada e resina de poliestireno.A concepção do esportivo era a mesma dos modelos da época, motor e tração traseiros, carroceria em monobloco com estrutura tubular de aço, suspensão independente nas quatro rodas e molas helicoidais.
O motor era o mesmo do Gordini, três cilindros de 845 cm³, gerava 40cv, existia opções de motores de 904 cm³, com pistões maiores, 60mm de diâmetro e 56 cv que o levava a 140 km/h, e a "versão braba", de competição e esclusiva para a berlineta, usava gasolina de alta octanagem 100/130, carburação dupla e taxa de compressão elevada para 10,5:1, 998 cm³, dava ao pequeno 70cv.
Com quatro marchas, o pequeno notavel agradou a todos com suas linhas, eram modelos conversivel, coupe e berlineta. O interior mostrava sua vocação, bancos individuais, painel com contagiros, direção de 3 raios com aro de madeira, e um espaço atrás dos bancos para bagagem, que tambem poderia levar 2 crianças em pequenos percursos. O peso era mediano de 535 kg, o que dava um desempenho otimo aos modelos, acelerava de 0 a 100km/h em 14 s., chegava a 160 km/h em regime de 6.500 rpm, se tornando melhor que os esportivos europeus. A suspensão acabou por oferecer alguns problemas com o tempo, se desgastando por ocupar uma posição longitudinal, porem mesmo assim empresas ofereciam um kit de melhoramento a esta.
Interlagos muito bem preparados corriam nas competições nacionais, principalmente na Divisão 1, conquistando inumeras vitorias, e a aclamação do povo. Mesmo tendo 3,78m de comprimento se mostrava imponente a Dkw's, Simcas e outros Willys.
Ao todo foram construidas 822 unidades em 1966, fechando 5 anos de produção (1961 a 1966), nesta época a Willys americana já estava em decadência, ao que seria vendida depois para a Ford. Modelos com designação 1967 chegaram a sair de fabrica, e após mais alguns produziram modelos deste mas fora de serie. Desde então nenhum automovel supriu realmente o lugar que o Interlagos deixou na historia do automovel brasileiro, mas sempre sera eterno.
Ass.: Renan Mendes
Sabemos que a Vemag e a VW estrearam a fabricação de automoveis no Brasil, mas até então não havia um esportivo fabricado aqui no país. Coube a Willys - Overland do Brasil se responsabilizar por isso.
Na França havia um modelo chamado Alpine A108, de linhas harmoniosas e arredondadas, que erá praticamente desconhecidos dos Brasileiros. A Willys visando o mercado do país em uma area que não havia ainda ( de esportivos ), comprou os projetos da Alpine, e quando Luis Antonio Greco assumiu o filial da Willys em São Paulo no bairro do Brás, o Interlagos tomou vida.
Em alusão ao circuito brasileiro ( o que se dizia que aumentaria a esportividade do modelo ), o Interlagos foi o primeiro modelo brasileiro com carroceria em fibra de vidro estatificada e resina de poliestireno.A concepção do esportivo era a mesma dos modelos da época, motor e tração traseiros, carroceria em monobloco com estrutura tubular de aço, suspensão independente nas quatro rodas e molas helicoidais.
O motor era o mesmo do Gordini, três cilindros de 845 cm³, gerava 40cv, existia opções de motores de 904 cm³, com pistões maiores, 60mm de diâmetro e 56 cv que o levava a 140 km/h, e a "versão braba", de competição e esclusiva para a berlineta, usava gasolina de alta octanagem 100/130, carburação dupla e taxa de compressão elevada para 10,5:1, 998 cm³, dava ao pequeno 70cv.
O modelo conversível não existia na linha A108 da Alpine. |
Berlineta |
Interlagos da Divisão1 de Turismo brasileiro usado por Bird Clemente |
Ass.: Renan Mendes
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